Eu quero me dar um tiro

Como eu odeio Nietzsche.

Perhaps I should say something more about Nietzsche’s problems with dialectics before proceeding further to the notion of Eternal Return and Amor Fati. Why is it that dialectics present philosophy with an abyss? Deleuze will hold that the movement of negation of affirmation is only capable of expressing itself. It is not capable of creating anything new. This is because dialectics starts out of resentment, it starts by negating an affirmation rather than establishing something new. Normativization (Kant) and Systematization (Hegel) lost the ground of the tragic when they focused on stable forms of knowledge, they missed the importance of a process of learning that is a learning by suffering and falling pray to the abyss that is force.

Traduzindo:

” blahblahblah, nao entendi Hegel, blah blah blah, povo alemao, blah, tragico, blah blah blah, dialetica, blah, Kant, blah.”

Comments
13 Responses to “Eu quero me dar um tiro”
  1. Habkost disse:

    mas eu te adoro!

    Mesmo quando tu não gosta do primeiro emo!

  2. G.D. disse:

    Ah, nem vem.

    Dizer que EU nao “entendi” Hegel seria uma coisa.

    Agora dizer que o BIGODE “nao entendeu”e esta “escapando” pela tangente fica FODA.

    PS: JAMAIS consegui quebrar o bloqueio e ler os volumes do “Nietzsche” de Heidegger justamente porque o velho Martin parece – segundo todos os comentadores – ter dito: “OK, voces ate agora nao entenderam Nietzsche, NEM ELE se entendeu, mas o tio aqui vai dar a LETRA”.

  3. marlon disse:

    quem escreveu isso?

    “dialectics starts out of resentment”

    what a load of fucking shite.
    e se Heidegger tivesse entendido minimamente Nietzsche, não teria vendido a alma ao nazismo.

  4. Marlon,
    A/C Deleuze.

  5. marlon disse:

    ah, só podia ser esse francês maconheiro.

  6. relaxa, nem é tão ruim assim. (é sim, é sim…)
    mas tá a peça toda lá no distropia, no link ali que sugeri pro G.D.
    dá um bico lá.

  7. marlon disse:

    bá, li até a citação da Lispector e parei: mah heid’s nipping.

    Deleuze [e os franceses de maneira geral] sempre me causa a mesma sensação: palavrório, exibição de erudição, voltas e voltas intelectuais em torno de abstrações teóricas. Nas poucas vezes em que se acerca do que realmente importa, erra o alvo: por exemplo, na questão da eudamonia. Far from positing “eudaimonia as a pharmakon to the sickness of dialectics”, Nietzsche believes in principle that eudaimonia is reached through dialectics. Ele acaba aferrando-se a uma unilateralidade, em sua vida e em sua teoria [Wille zur Macht – não o livro, o conceito], mas o princípio dialético permanece como motor – e desde o início de sua obra, pois o que é a junção de apolíneo e dionisíaco se não uma dialética?
    Ficar nessa abstração intelectual onanística é o que faz com que errem o alvo nas questões mais pragmáticas [como Heidegger, aliás, que errou feio o alvo]. Por isso que, se é pra estudar comentaristas, prefiro as leituras de intelectuais com um pé firme na realidade, e que viveram suas vidas in full; no caso de Nietzsche, Benjamin e Arendt. E Jung.
    Mas enfim, não sou filósofo. Chique o teu texto em inglês, btw.

  8. Concordo quase que integramente contigo, Marlon. Inclusive sobre tuas críticas ao Heidegger. O texto era mais para dar uma idéia do que o Deleuze pensa sobre Nietzsche, do que me posicionar sobre esta ou aquela idéia do francês.

    Entre o Deleuze e o Foucault, no entanto, cada vez mais tenho ficado com o Deleuze. Talvez pela minha verve Spinozista recém descoberta (nada na linha da Chauí, bem-entendido).

    Não conheço Nietzsche o suficiente para tentar te responder de forma satisfatória se a junção do apolíneo e dionísico não é uma dialética. Penso que Deleuze responderia que NÃO É, porque são forças monádicas que não são colocadas uma em relação a outra, mas se afirmam independentemente – sem se colocar em oposição uma-a-outra.

    Se esta é uma interpretação defensável do bigode, eu já não sei. Geralmente, eu sou da opinião que não tem como ter uma interpretação defensável do bigode, já que ele se contradiz a cada cinco parágrafos…

  9. marlon disse:

    Entre o Deleuze e o Foucault, eu fico com Tim Maia [ns].

    Sério, acho um horror o caráter fashion mundial em torno desses dois [especialmente do Foucault] e a cegueira em torno do que escreveram. [Nenhum foucaultiano com quem tentei discutir jamais chegou perto de admitir que Foucault reduz tudo a poder, no final das contas, e “poder” no sentido Herrschaft – Max Weber -, i.e., dominação, violação do outro. Pra mim isso é inacreditável. É só ler o cara, por exemplo suas últimas entrevistas – e isso que aí seria o “segundo Foucault”… – e comparar com a vida dele.]

    “Forças monádicas que não são colocadas uma em relação a outra” não existem [a/c padre Quevedo] em nenhum lugar da experiência humana. É como dizer que amor e morte [a/c Julio Reny – hfjdshfdsj] não têm a menor relação um com o outro nem nunca terão.

    Sobre o bigode, é verdade, tem muita contradição, mas acho que ele tem um corpus teórico relativamente homogêneo… Tu já leste “Seminar on Nietzsche’s Zarathustra”, do Jung? Recomendo.

  10. “Nenhum foucaultiano com quem tentei discutir jamais chegou perto de admitir que Foucault reduz tudo a poder,”

    Este Foucaultiano em processo de revisão concorda contigo. :)

    Some insights into Destruktion and Archeology

    Mas eu acho que isto da redução aos processos REGIONAIS de imposição de saberes, é verdade para a arqueologia. Not so much para a genealogia ou mesmo para o último período da teoria do Foucault. Mas concordo com quem diz que Foucault é pseudo-teoria, ele é segunda divisão, em termos de filosofia.

    Concordo com o que tu disse sobre o problema do monismo e da experiência, acho que é o problema fundamental com o Deleuze: presumir o discenso – sempre – como um troço inevitável se não houver imposição. Mas tô indo com cuidado, pq monismo é um bixo difícil de entender, especialmente o monismo do Deleuze.

    Vou procurar o artigo do Jung, embora meu interesse em Nietzsche seja extremamente limitado :)

  11. marlon disse:

    bá, és a primeiro então [a concordar comigo sobre o Foucault]. depois lerei esse teu artigo

    e o Seminar do Jung não é um artigo, bicho, é a transcrição de um seminário, com mais de 12oo páginas:

    tenho a abridged edition, muito boa por sinal:

  12. marlon disse:

    viajei, o primeiro link deveria ser este:

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