Quando eramos monistas

A universalidade irrestrita das leis naturais não pode ser confundida com a universalidade eidética. Certamenta a proposição “todos os corpos têm peso” não coloca qualquer estado de coisas físico como factualmente existente dentro do todo da Natureza. Ainda assim, a proposição não tem a universalidade incondicional de proposições eidéticamente universais porque, de acordo com o sentido da proposição enquanto uma lei da Natureza, ela carrega consigo a implicação de uma existência factual. Ou seja, a própria natureza tem relevância espaço-temporal: todos os corpos  na Natureza – todos os corpos factuais [que são o caso, FP], têm peso. Por outro lado, a proposição “todas coisas materias são extensas” tem validade eidética uma vez que a implicação de existencial factual, estabelcida pelo lado do sujeito, é suspensa. Essa afirmação diz algo que é fundamentado puramente na essencia de uma coisa material e na essencia da extensão e que podemos tornar evidente enquanto tendo validade universal “incondicional” . Fazemos isso ao tornar a essencia da coisa material algo dado originariamente (talvez na base de um livre fantasiar sobre uma coisa material) para, então, nessa consciencia “presentificante”, andar os passos do pensamento que a intuição, a dabilidade originária do eidético caso-complexo formado predicativamente e explicitamente colocado por aquela proposição, requer. Que algo que é o caso no espaço corresponde a verdades daquele tipo [eidético, FP] não é um mero fato; em verdade, é uma necessidade eidética enquanto uma particularização de leis eidéticas. Apenas a coisa em-si-mesma, a qual essa aplicação é feita, é o caso aqui.

Eu preciso ler mais Hume. (fato)

E as Idees tem, cada vez mais, virado meu livro preferido de filosofia no século passado.

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